terça-feira, 12 de julho de 2011





Idas e Vindas

Fiquei muito tempo sem escrever e não foi só aqui. Muito tempo sem examinar o que estava acontecendo e o resultado foi, como sempre, lágrimas. Elas tentaram ser discretas mas uma amiga conseguiu percebê-las. Não vou citar os nomes, nem explicar a situação dessa vez. Minhas aulas acabaram. Já se passou mais um período de universitária. No final do ano eu completo metade da faculdade. E ainda não consigo acreditar que tudo está passando tão rápido. É tão estranho. A última semana foi muito complicada, tensa... Tinha trabalho pra ser entregue todo dia, seminário todo dia, prazos, trabalhos de grupo. Coisas demais. Porém agora posso dizer que consegui. Sobrevivi. A tudo, não só à faculdade. Sobrevivi à vida, à rotina, à faculdade... Sobrevivi aos meus pensamentos inúteis e ao meu coração. Consegui manter os dois mais ou menos sob controle. Agora passou. Como tudo, já passou e minha decisão foi tomada. Um dos meus grandes problemas é esse: se tomei um decisão é impossível de voltar atrás. Sou orgulhosa, criteriosa, penso demais. Por isso que decisões desse tipo são poucas e demoram para ser resolvidas. Que venham as férias! Aproximadamente três semanas de "descanso"... Já estou planejando meu horário do próximo período!
Vou viajar por duas semanas. Meu tempo de folga, "passe-livre" das dificuldades da vida... Vou examinar o terreno pra no ano que vem partir em um intercâmbio. Paris, Londres, Bruxelas, Amsterdã e Frankfurt... sem contar algumas outras. Vou dar um tempo da minha vida, me perdoar pelos meus erros desses últimos semestres, me libertar. Vou viver, sem ter que olhar pros lados e me perguntar se comentarão sobre isso nas próximas semanas. O problema das pessoas, me incluindo (sem hipocrisia né?), é que não sabem ser discretas, não sabem a hora de esquecer... Ok, eu também não sei... Mas por isso mesmo não gosto que todos saibam o que faço ou deixo de fazer. Estou contando os dias para a viagem. Realizar alguns sonhos aí vou eu! No meu tempo, do meu jeito. Sem olhar pra trás.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Estou na aula. Sim, não deveria estar escrevendo no blog agora. Mas tenho uma coisa importante para escrever. Hoje vi uma pipa perdida. Ela estava voando, azul-médio contra o céu azul-claro. Além de perdida, a pipa estava livre. Era como eu queria estar agora. O período está acabando. Tenho tantos trabalhos para fazer/entregar que não sei nem como começar. Estou cansada. Apesar de tudo, deveria estar feliz. Ok, feliz talvez seja demais. Deveria estar calma, pelo menos. Mas estou cansada. Andei pensando, e sempre que algo vai errado me sinto cansada. Será que é tristeza? Não, acho que não. Seria excessivo. O que acontece na minha vida é minha culpa, só e simples. Eu que agi errado com as pessoas. Talvez, um dia, isso se torne uma certeza. O dia-a-dia nem é tão ruim. Sim, é muito chata ser ignorada. Paciência. Fiz por merecer? Quem sabe? Preciso de novos ares. O pior mesmo é à noite, quando coloco a cabeça no travesseiro e tudo volta pra me assombrar. Não importa o quão cansada estou, tudo volta como um furacão e abala toda a confiança e serenidade que construí durante o dia. Estou tentando me distrair. Não sou tão fraca quanto pensam, mas também nem tão forte quanto queria ser. Acho que quebraram o muro que construí com tanto cuidado. E agora, como faço para consertá-lo? Ou será melhor deixar tudo do jeito que está?? Minha vontade é sacudir algumas pessoas. Sacudir sério. Virar e falar: está vendo o quê você fez comigo? Foi suficiente, está feliz agora? O cansaço é porque estou quebrada por dentro. Por fora, acho que nem dá pra ver direito. Tudo o que você faz, volta 3X mais forte pra você. Será que realmente fiz algo tão ruim assim? Para me sentir como lixo desse jeito? Pior do que saber que alguém está bravo/chateado com você é ser ignorada. Porque aí você nunca sabe o que realmente está acontecendo. Mas eu aprendi... mais uma lição na minha curta existência. Só que agora não quero mais me fechar. Sei que vou sofrer, talvez de novo e de novo. Só não quero, não posso me fechar. Quero reaprender a correr riscos. É uma boa hora.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Leonina Sempre

Agora é moda no facebook postar coisas astrológicas. Ontem mesmo compartilhei com meus amigos um perfil leonino. Apesar de tudo leio tudo aquilo e me sinto um pouco por fora. Também, né, pudera... um único perfil que precisa se encaixar em milhares de pessoas. Então desenterrei alguns textos meus e, com algumas mudanças, vou postar aqui.


Como é a mulher de Leão?


As leoninas marcam a vida das pessoas.
Essas mulheres vem e vão, prezam a própria liberdade.
Elas somem com os próprios sentimentos para não ter que encarar a verdade.
São muito corajosas, especialmente quando o problema não é delas.
A mulher de Leão, não importa se é bonita ou feia, ilumina seu dia. 
Por que, se você estiver triste, ela vai fazer de tudo pra mudar isso.
Elas são determinadas, quando o assunto interessa. 
Mas, depois da conquista, tudo perde a graça.
Leoninas gostam de estar entre amigos, e prezam muito a amizade.
Quando sofrem por algo, sofrem caladas... Até que tudo transborde, aí ela explode.
Essas gostam de atenção. Precisam de atenção. Se você não ligar para elas, com certeza acharam alguém que ligue.
No fundo, a mulher de leão é tímida. Primeiro sempre uma negativa, mas lembre de tentar uma segunda vez.
As mulheres de Leão são difíceis, seletivas. E não se sentem mal em falar a verdade.
São extremamente honestas, seja isso uma qualidade ou um defeito.
Não ache que ela quer "aparecer" mais que você. Leoninas só querem alguém que possa acompanhar seu ritmo e brilhar também, sem ofuscá-la.
E sim, não gostam que as coisas saiam do controle ou não sejam do leonina "way". Não adianta, isso jamais vai mudar.
Com quem elas gostam, e com quem gosta delas, são pessoas muito carinhosas.
Conquiste uma leonina, e você a terá para sempre. Lealdade é o ponto forte.
Mas não se engane. Nem todas amam ganhar presentes. É impossível "comprar" uma mulher de Leão, não importa se você comprou um diamante pra ela.
Leoninas são como o Sol. Se escondem, mas nunca desaparecem. São brilhantes e, é claro, como já dizia Vinícius...

"A mulher de Leão 
Brilha na escuridão. 
A mulher de Leão, mesmo sem fome 
Pega, mate e come. 
A mulher de Leão não tem perdão. 
As mulheres de Leão 
Leoas são. 

Poeta, operário, capitão 
Cuidado com a mulher de Leão! 
São ciumentas e antagônicas 
Solares e dominicais 
igneas, áureas e sadônicas 
E muito, muito liberais."

Vinícius de Moraes 

quinta-feira, 12 de maio de 2011





Isso faz algum sentido???
É um tanto estranha essa vida que venho levando. Como se apenas sobrevivesse e nem mesmo faço muito esforço pra isso. Percebo que sou de uma geração vazia e insatisfeita, que tem tudo mas nunca é o suficiente. Talvez sejamos uma nova geração romântica, um neo-romantismo descabelado e maluco. A maioria de nós diz se satisfazer com álcool, drogas, entre outros. Não, isso não é somente um clichê. É também a pura verdade. Se disser que numa festa ou quando saio com meus amigos não bebo nada é mentira. Mas, além disso, sou obrigada a conviver com fumantes e drogados. Com pessoas que enchem a cara e passam mal até quase morrer e acham isso divertido. Conheço pessoas que beijam cinco por noite e não consideram isso um problema. Eu acho um problema sério: é completamente anti-higiênico. Você nunca viu a pessoa, não sabe de onde veio, quem essa pessoa já beijou. Olha o número de doenças ou bactérias que você pode pegar! Na teoria somos todos maiores de idade e sabemos o que fazer né? Ou não.
Dessa vez não estou reclamando da minha vida. Juro. Adoro, amo minha vida. Não mudaria (quase) nada! O que me incomoda é a rotina, me cansa. Queria poder viajar, passar cada semana em um lugar diferente! Ao contrário, estou presa nas expectativas. Não só da minha família, mas nas minhas também. Quero deixar meus pais orgulhosos, quero ser um exemplo pro meu irmão caçula. Quero mostrar pros meus tios e tias que sou inteligente, que tenho capacidade. Quero mostrar pros meus primos que passei e sobrevivi numa universidade federal, enquanto nenhum deles me dava crédito. Quero mostrar pro mundo que consegui. Que escolhi o curso mais maluco e desconhecido e me saí bem. No fim das contas eu preferia estar fazendo vários cursos de línguas estrangeiras. Só pra poder viajar. E sumir por um tempo.
E tenho tantos trabalhos pra fazer. O que salva são meus ingressos pro Rock in Rio. Vou sobreviver até setembro/outubro só de persistência pra ir nos shows. Hoje meu almoço vai ser café. Niterói está racionando água de novo. E pela organização horrível desse texto percebe-se que algo está muito errado por aqui. Estou ouvindo Lulu Santos, De Repente, Califórnia. Acabei de reblogar isso no meu tumblr: Já notou que tudo é mais bonito quando a música que toca é boa? Acho que acabei de notar. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

De tudo um pouco, mas queria libertà...

Cheguei à conclusão de que sempre escrevo nesse blog quando era para eu estar dormindo... Não sei se alguém percebeu, mas as horas das postagens estão completamente erradas. Na verdade agora é dia 05/05, 00:19 (no relógio do computador). Já dei "boa noite" para as meninas faz tempo e, apesar de estar extremamente cansada por ter tido aula quase o dia inteiro, ainda não fui dormir. Vai ter uma festa na sexta e é só nisso que eu consigo pensar. Mesmo que esse assunto se esconda na minha cabeça quando estou numa aula interessante ou quando me esforço pra me concentrar em um texto, ele sempre volta. Estou vendendo convites pra essa festa e queria conseguir tirar algum dinheiro de comissão, mas algumas pessoas deram pra trás. Ou seja: estou com convites sobrando e rezando pra alguém ainda querer comprar amanhã... Hoje eu quase terminei o segundo texto para a resenha de Metodologia de Pesquisa. É, 3º período - aqui estou eu.
Domingo é dia das mães e ainda faltam uns 15 presentes para comprar/fazer/inventar. Cada ano eu faço uma coisa mais maluca do que no ano anterior, gosto de surpreender mamãe!
Já faz alguns dias que eu escrevo liberdade na minha mão. O engraçado, ou estranho - como reparou Manu - é que cada dia eu escrevi em um idioma diferente. Português, Espanhol, Italiano... Quem sabe amanhã não escrevo em Inglês? Chega a ser bizarro como essa palavra está grudada na minha cabeça (junto com a festa de sexta!).
Meu dia-a-dia está bem chato... As aulas são legais e até os trabalhos, mesmo aqueles impossíveis, vão ficar ok no final. Desde a Calourada não vou numa festa e tenho a impressão (via eventos do facebook) que algumas pessoas que não queria nem um pouco ver estarão nessa festa. Bem, o quê fazer?
Eu sei que minha vida não é interessante (eu que o diga!). No ano passado eu saía bem mais do que estou saindo esse ano. Conhecia muita gente nova nas festas, choppadas e afins e, bem ou mal, sempre as encontrava nas próximas festas, choppadas e afins. Eu queria conseguir dar conta de tudo e olha que ainda nem comecei a procurar um estágio!
São exatamente 00:35. Acho que é uma boa hora para ir dormir. Vamos ver como será essa festa (I Tequilada da UFF!!) e se irei sobreviver à venda dos convites.
Acho que vou criar um tumblr... to acompanhando alguns por enquanto, pra amadurecer a idéia.

"Ela não vai te chamar de gostoso, e sim de besta. Ela não vai se apaixonar pelo seu tanquinho, e sim pelo seu coração. Ela não vai fazer o estilo “não me toque”, e sim o de “que se dane tudo”. Ela não vai usar micro roupas para te conquistar, e sim a roupa que a agrade. Ela não jogar o cabelo para o lado, pra parecer sexy, até porque, ela o acha feio, e tem medo que ele “arme”. Ela não vai mudar o estilo dela, para ser sua. E você terá que se acostumar com esse jeito, caso queira uma garota de personalidade e que o ame verdadeiramente, ao seu lado"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Libertad

Hoje estou com a impressão de que ninguém quer saber da minha vida... Paciência, né? Estou cansada, com a cabeça pesada. Muitos pensamentos, alguns medos, decepções. O pior é a decepção e ponto. Amanhã vou tentar ir no médico. Tenho alguns convites da Tequilada da UFF pra vender e preciso de mais. Faltam muitas resenhas para serem feitas e muitos textos para serem lidos. Estou com raiva do mundo. Fico a semana toda longe de casa e quando volto não consigo desabafar minhas mágoas... É tão pouco tempo lá que fico triste só de pensar em deixar meus pais preocupados. Estou com sede, muita. Minha boca anda seca há algum tempo e minha mãe já está querendo me internar pra descobrir o que é. Só espero que não seja diabetes. Cansei de ter que me esforçar para estar presente e ninguém dar a mínima. Cansei de ser legal e não lembrarem que eu existo. Cansei de ser amiga, de ajudar, e na hora em que eu preciso ninguém está lá pra mim. Será que estou andando com os amigos errados?
Domingo é dia das mães. Não sei o que fazer. Todo ano faço uma coisa especial, diferente... Mas não está dando, não estou com pique pra nada... Só cansada. Até digitar está fazendo minhas mãos cansarem; minhas pernas não querem se mexer e estão formigando. É a sina de viver sozinha, não ter ninguém pra cuidar de você. Hoje era para termos feito a reunião de "acerto de contas" do mês passado. Não fizemos. É tanta coisa pra pensar e no meio desse turbilhão só vem na minha cabeça a idéia pra uma nova tatuagem: a palavra "liberdade" na minha mão, próxima do polegar. Eu sei que jamais faria, é muito na cara... qualquer um poderia ver. De acordo com um dicionário, Liberdade é: 1. possibilidade de fazer o que se quer; 2. estado de não estar preso, fechado. E quando não estamos presos, ou fechados, e não sabemos o que queremos?
Como liberdade se encaixa nisso? Talvez eu precise de um tempo do mundo... tenho estado muito assim. Não é a faculdade, não é minha família, não são meus amigos. Só me sinto mal, incompleta, vazia.
Chega. É melhor ir ler os textos de Metodologia de Pesquisa, já que comigo não consigo me entender.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Hoje é a 1ª Calourada da UFF... Os ingressos estão praticamente esgotados. Nem sei o que escrever direito. Acordei cedo pra ligar a máquina e lavar mais 5kg de roupas, estou há quase uma hora acordada - navegando nas redes sociais - e completamente sem sono (sendo que fui dormir lá pra 2hs da manhã). Talvez eu devesse pegar um dos 5000 textos que eu tenho pra ler e começar a estudar... mas, tem como abandonar o twitter, o facebook??? É mais forte do que eu!!! Acompanhar a vida alheia é tudo à essa hora da manhã! Ainda estou gripada (mas é segredo, hahaha), mas o ingresso está comprado desde terça e eu preciso (muito) de uma festa. Como diz Manu: nossa válvula de escape dessa vida corrida e maluca de universitário. Vou matar lindamente o curso amanhã (a festa começa meia-noite né?). Ah! Cortei o cabelo... Estou deixando a época das tinturas pra trás. Já fui ruiva (tipo Mary Jane do Homem-Aranha), loira, castanho bem claro com mechas loiras, ruiva-cor-de-vinho, e depois que desbotou tudo estou aguardando o cabelo crescer pra voltar à minha cor (quase) natural. Nem mamãe viu ainda rs rs rs, tentei de tudo pra enviar a foto por mensagem mas ela não recebe e quando tentei passar a foto pro computador, a anta, não reconhece o meu celular... vai entender né?
Tenho aula hoje de 14hs às 18hs. Mas tá ok, afinal não preciso voltar pro Rio. A máquina de lavar tá terminando de bater... Vou me indo, pra essa vida de universitária-midiática-dona-de-casa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

I'm like the wind

Já ouviu aquela música "she's like the wind"? Nossa, nem sei porque, mas ela acaba comigo. Estava ouvindo, enquanto tento arrumar meu quarto. Agora, sendo bem sincera, meu quarto não tem mais jeito: vai ficar a bagunça que está. Hoje estou bem cansada. Acordei super cedo pra voltar à ativa na academia e depois tive aula de 14:00 às 22:00. Estou com saudades de casa... Não exatamente de casa, mas de ter alguém ali, cuidando de você, sempre pronto pra te dar um abraço ou fazer um carinho. Como diria mamãe: Tá carente né filha? Sim, hoje estou carente de mãe. A pior coisa do mundo é se fechar no quarto sabendo que ninguém vai abrir pra perguntar se está tudo OK. E, acredite se quiser, eu estou quase chorando. Não vejo a hora dessa semana acabar e eu poder ir ver meu bebê (leia-se o cachorro) e minha família.
Por um lado é muito bom morar sozinha. Você faz o que te dá na telha, come o que tá com vontade, volta pra casa a hora que quiser. Você acaba sendo responsável por seus problemas apenas. Por outro lado é horrível não ter alguém pra virar e falar: cara, to triste hoje. É muito chato chegar em casa e não ganhar um abraço, não ganhar um conselho inteligente. Quando você mora sozinho a pior coisa é realmente se sentir sozinho... E olha que eu mora com duas amigas. Mas se virasse pra alguma delas agora e falasse isso, ou tudo que está vindo na minha cabeça, elas iriam virar e falar: vira homem (como Duda sempre faz, rs) ou então, tá de TPM?
Meu problema nem é tão sério. Sou inconstante, mudo de idéia, de sentimentos de uma hora pra outra. Machuco as pessoas sem perceber e falo o que não devo, quando não devo. Às vezes me sinto um cachorrinho, precisando de atenção ininterrupta. Será que isso está fazendo sentido? Minha maior dificuldade é que me sinto só com uma frequência impressionante. E não era pra ser assim. O pior de tudo é que eu já estava conformada em me concentrar nos estudos, mas a vida tem outros planos. Tem tanta coisa acontecendo que eu nem sei o que tento resolver primeiro. Como faço pra comprar uma borracha que apague erros do passado? Ou então alguma coisa que me ajude a não cometer tantos erros pelo menos num futuro próximo? Agora estou ouvindo "hey soul sister"... Hoje a vida não tá me levando a sério (como todo mundo que me conhece). Às vezes queria ser apenas vento, que vem, vai, some e depois volta. E com ele ninguém reclama, pede, briga... O vento nós aceitamos e, no máximo, seguramos com mais força alguma coisa que ele ameace carregar. Como faço pra segurar minha vida?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Twitter e outros

Estou seguindo o @CONFISSOES no Twitter. Gente, como é verdade! Coisas do tipo: Por que é mais fácil escrever do que falar? Há uma enorme diferença entre "esquecer" e "não querer mais lembrar". Digo que não estou sentindo nada, mas na verdade estou sentindo mais do que deveria sentir. E, é claro, o clássico: Sentimentos só te ferram. Quem diria que sairiam tantas pérolas de 140 caracteres?
A verdade mesmo é que ainda estou cansada. O que fazer? Hoje tivemos uma reunião do grupo de roteiro (um pequeno projeto em que estou trabalhando com meus amiguinhos da UFF) e foi desgastante. A professora teve que resolver alguns problemas e não se reuniu com a gente, tentamos arrumar tudo e ainda ver quantas pessoas serão necessárias. Precisamos de aproximadamente 70 pessoas (voluntárias, sem pagamento) para realizar nosso projeto. Isso está virando uma utopia.
Depois fui pro debate do filme 5X Favela lá no Gragoatá... Vamos combinar, no meio de um monte de gragoatenses como uma iacsiana ia se sentir confortável? Sem falar que aquele fim de mundo parece o Labirinto do Fauno né? Mas tudo bem, eu acho.
Ultimamente tenho a sensação de tentar fazer tudo dar certo e nunca nada dá certo. Acho que o problema sou eu. O problema é quando tomamos decisões erradas, ou que são interpretadas de modo errado, e não temos como corrigir o erro. Gente, tem coisas que simplesmente não dá pra mudar por mais que eu queira - e muito.
Minha mãe esqueceu de mim. Não é pra rir, é sério. Eu sei que moro sozinha e etc, mas ela sempre me liga de noite pra ver se estou viva e hoje nada. Já não estava me sentindo sozinha, então imagina. Das duas meninas que dividem o apê comigo, uma tá bem doente e foi pra casa e a outra não tá muito com vontade de conversar. Nem sei se eu estou com vontade de conversar, pra ser sincera. Só queria que tudo parasse por, sei lá, uns 5 minutos. Só pra conseguir dar uma respirada, sabe?

No fim das contas, tenho certeza de que o twitter tava certo: "Descobri que quando você gosta de alguém, você precisa dizer isso a ela. Porque as pessoas se vão muito rápido." Viu, quanta sabedoria em 140 caracteres?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Damage

Estamos de volta à rotina de estudos. Só hoje já tenho mais três ou quatro textos pra ler, dois filmes para assistir  e uma resenha para fazer. E estou perdida. Uns dias atrás uma querida professora veio me perguntar se estava tudo bem e, veja só, eu não tenho nenhuma aula com ela desde o 1º período. Queria conseguir explicar o que está acontecendo... É mais ou menos como aquele ditado: Devo, não nego. Pago quando puder. Quem dera se tudo estivesse assim por causa de dinheiro. Seria tão mais fácil. É insuportável transformar algo banal em algo grande, mas sou assim. Devo desculpas, devo a verdade. Devo um sorriso, pelo menos. E preciso tomar coragem e falar tudo. Mas, a pergunta é: ele vai querer me ouvir? Ele vai entender o que quero dizer? Ou vai só rir na minha cara, achar que sou uma idiota? Nunca fui boa com as emoções. Minhas amigas falam que construí um muro alto e forte ao redor do meu coração. Que ironia, parece que não é verdade. E agora é isso, day by day. Vai ter uma choppada nessa sexta e não estou nem um pouco com vontade de ir. Logo eu, que sempre vou a todas. Vou tentar me focar nos estudos esse período. Tentar ler e ver tudo, fazer todos os trabalhos... Tentar não chegar muito atrasada, tentar economizar dinheiro... Isso tá parecendo resoluções de Ano Novo. Acho melhor parar por aqui.

Só pra fechar, um trecho de um livro que eu adoro:
"O amor que não é correspondido em medida igual não é amor, não é sagrado. E apegar-se à idealização de tal sentimento pode nos impedir de encontrar aquele que é verdadeiro."
O Livro do Amor - O Legado de Maria Madalena página 82 (Kathleen McGowan)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

C'est la vie


Faz tempo que eu não escrevo nada. Eu poderia escrever sobre os mais diversos assuntos aqui. A vida universitária é como a vida no mundo real, só que em menor escala. Acho que é preciso escrever sobre uma coisa que afeta a todos. Se você nasceu, acredite... você vai encontrá-la, cedo ou tarde. A morte. Não digo a sua morte, especificamente. O fim de um período é a morte. Nunca acontecerá de novo. Também é válido lembrar dos nossos colegas de Teresópolis, Petrópolis, entre outros, que estão sendo afetados, direta ou indiretamente, pela resposta da Natureza, e estão enfrentando a morte de perto. Uma vez, um professor muito inteligente disse pra turma: Ninguém morre afogado, eles morrem pelo medo de se afogar. Talvez isso seja verdade. Afinal, mesmo no mar, se você deitar na água, dá pra boiar e ser levado até a praia. Mas, com medo, você tenta nadar e acaba levado pela correnteza.
Já percebeu que pessoas mais velhas não têm medo de morrer? Será que é por que viveram o suficiente? Será que alcançaram um nível de iluminação superior ao nosso, jovens universitários perdidos na vida? Minha avó tinha sete irmãos/irmãs. De uma família enorme (10 pessoas), só sobrou ela. No dia 9/12/10, o último irmão dela faleceu e vovó entrou em choque. Sabe, eu estava na república, preparando uma apresentação de 3 horas e pouco pra uma aula. E não sabia o quê fazer. Voltar pro Rio pra ficar com ela era impossível, tanto pela apresentação quanto pela opinião de mamãe e papai. Vovó não pôde ir ao enterro. Quando fui vê-la, percebi como ela estava se sentindo sozinha. A tristeza já havia passado, como logo passa depois de uma morte já esperada, mas seus olhos estavam cansados, opacos. Impossível dizer qual era a cor deles. E estão assim até hoje.
Mamãe sempre diz que eu não posso carregar o mundo nas costas. Mas nada me impede de tentar não é? A vida anda difícil. O câncer, entre outros, atingiu a família em cheio. Dessa vez, realmente, não posso fazer nada. Será que morrer é como se sentir impotente? Será que é possível partir, sentindo que já viveu o suficiente?
Um pensamento bastante tenso para um período de férias, também acho... Entretanto é estranho perceber como a morte em si nos afeta. Alguns mais, outros menos. E no final... bem, no final a vida sempre continua.